terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
Além de Anjo
Três batidas na porta, o toque já conhecido da campainha e ela entrando correndo casa adentro. Parece um furacão. Derruba um copo, escorrega na água que molhou o chão e cai, com sorte, sobre o pufe que está encostado na parede. Levanta-se, pragueja algumas coisas que não entendo e, quando peço pra se sentar, me manda à merda. Diz que está nervosa mesmo e que não quer se acalmar. Brigou com o novo namorado. Entendo.
Espero uns dez minutos até que realmente possamos conversar. Depois de xingar o cara de tudo quanto é nome, me conta que descobriu algumas mentiras. Eu já menti pra você, digo. Ela ri, diz que é diferente. Eu sou seu melhor amigo, posso até mentir às vezes se não fizer mal. Mas que iria cobrar explicações. Agora, ele era o cara dela, gostava dele. Num segundo consegue numerar diversas qualidades. Sinto ciúmes. Eu também a faço rir, faço bem. O cara não era nada de demais. Era mais um dos problemas que ela trazia pra que eu a ajudasse resolver.
Me sinto mal quando ela faz isso e me coloca no devido lugar. É como se nada pudesse crescer dentro de mim. Somos amigos. Ponto. Confesso que é difícil imaginar alguma coisa entre a gente. Os amigos dizem que combinamos. Que sou tipo um anjo na vida dela. Ela, inclusive já disse isso. Sentada, mexe no celular a procura de alguma mensagem. Conversamos coisas mais amenas agora.
Num segundo em que vou no quarto pegar algo para mostrá-la, ouço os soluços. Começou a chorar. De novo por causa do cara? Meu Deus, quando as mulheres vão conseguir parar de chorar por cafajestes e abrirem os olhos? Pego um copo com água e açúcar, envolvo-a em meus braços e digo que tudo vai ficar bem. Não sei em que momento acontece, mas a gente se beija. Simples, bonito e um desejado beijo entre dois amigos.
Preciso ir, diz. Na mesma velocidade em que entrou, se vai. Sem compreender direito o que houve, me pego olhando pro espelho e, agora, quem xinga sou eu. Não aceito o que fiz. Como pude ter avançado, ido tão longe? Eu não precisava estragar tudo. Tento refazer os poucos segundos que passamos com as bocas juntas e relembro uma mão em minha nuca, um morder nos meus lábios. Ela queria o beijo, penso comigo tentando me convencer. A consciência sente dor.
Não marco o tempo. Sei que o telefone toca. Abre a porta, diz a voz dela do outro lado da linha. Por que você não toca a campainha e vem fazer um estrago na minha vida de novo?, pergunto. Porque você acabou de estragar a minha, ela responde. Pelo olho mágico eu a vejo. A fechadura anseia ser virada. Ela está em pé, me olha de cima à baixo. Como eu demorei tanto a perceber?, cada um se pergunta.
E eu descubro que além de poder ser seu grande amigo, eu posso ser seu grande amor.
- Gustavo Lacombe
Espero uns dez minutos até que realmente possamos conversar. Depois de xingar o cara de tudo quanto é nome, me conta que descobriu algumas mentiras. Eu já menti pra você, digo. Ela ri, diz que é diferente. Eu sou seu melhor amigo, posso até mentir às vezes se não fizer mal. Mas que iria cobrar explicações. Agora, ele era o cara dela, gostava dele. Num segundo consegue numerar diversas qualidades. Sinto ciúmes. Eu também a faço rir, faço bem. O cara não era nada de demais. Era mais um dos problemas que ela trazia pra que eu a ajudasse resolver.
Me sinto mal quando ela faz isso e me coloca no devido lugar. É como se nada pudesse crescer dentro de mim. Somos amigos. Ponto. Confesso que é difícil imaginar alguma coisa entre a gente. Os amigos dizem que combinamos. Que sou tipo um anjo na vida dela. Ela, inclusive já disse isso. Sentada, mexe no celular a procura de alguma mensagem. Conversamos coisas mais amenas agora.
Num segundo em que vou no quarto pegar algo para mostrá-la, ouço os soluços. Começou a chorar. De novo por causa do cara? Meu Deus, quando as mulheres vão conseguir parar de chorar por cafajestes e abrirem os olhos? Pego um copo com água e açúcar, envolvo-a em meus braços e digo que tudo vai ficar bem. Não sei em que momento acontece, mas a gente se beija. Simples, bonito e um desejado beijo entre dois amigos.
Preciso ir, diz. Na mesma velocidade em que entrou, se vai. Sem compreender direito o que houve, me pego olhando pro espelho e, agora, quem xinga sou eu. Não aceito o que fiz. Como pude ter avançado, ido tão longe? Eu não precisava estragar tudo. Tento refazer os poucos segundos que passamos com as bocas juntas e relembro uma mão em minha nuca, um morder nos meus lábios. Ela queria o beijo, penso comigo tentando me convencer. A consciência sente dor.
Não marco o tempo. Sei que o telefone toca. Abre a porta, diz a voz dela do outro lado da linha. Por que você não toca a campainha e vem fazer um estrago na minha vida de novo?, pergunto. Porque você acabou de estragar a minha, ela responde. Pelo olho mágico eu a vejo. A fechadura anseia ser virada. Ela está em pé, me olha de cima à baixo. Como eu demorei tanto a perceber?, cada um se pergunta.
E eu descubro que além de poder ser seu grande amigo, eu posso ser seu grande amor.
- Gustavo Lacombe
sexta-feira, 12 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
Príncipe
O problema de alguns homens é achar que, depois que uma mulher abre as pernas, ele não precisa mais abrir as portas. Acha que não precisa mais fazer um carinho, perguntar sobre os problemas, muito menos tentar ser um amigo. Pensa que apenas ser o homem dela, no sentido de apenas atender as necessidades sexuais ou, por que não?, econômicas, resolve. Não resolve.
A mulher quando está com o cara não quer saber se você vai levá-la num restaurante caro na sexta à noite. Pode até ser que nessa sexta vocês saiam, mas ela quer é que as suas segundas, aquelas desmotivantes de início de semana, possam terminar nos braços dela. Ainda que para isso, você tenha que acordar mais cedo no dia seguinte para ir trabalhar. Nada pagará acordar ao seu lado.
É simples e, ao mesmo tempo, complicado agradar uma mulher. Só que, com o passar da relação, acabamos deixando de fazer as coisas que fazíamos por ela no início. Já não abrimos mais as portas do carro, da casa, do restaurante. Já não puxamos a cadeira, não compramos uma rosa, não escrevemos um cartão. Não dedicamos uma tarde para não fazer nada. A gente acha que, por já ter a conquistado, não é preciso mais agradá-la. Como se depois de plantada, uma semente não precisasse ser regada.
É até possível entender um homem que faça menos. Só que esse é o mesmo homem que irá cobrar ela arrumada e maquiada na hora de sair. E o que ela ganha de volta? É necessário um esforço. Se o cara se diz ser o mesmo do começo do relacionamento, ele precisa demonstrar em suas atitudes que aquele príncipe ainda está lá. Se ele virou sapo, bom, existem muitos outros que podem ser beijados por aí.
Faça com que os outros caras te chamem de bicha, que olhem torto e riam, mas puxe uma cadeira para a mulher e faça com que as suas namoradas encarem eles e perguntem "por que você não faz a mesma coisa?". São gestos tão pequenos que passam despercebidos. Tanto que são esquecidos. Não deixe. Nem toda mulher lembra de todos os homens que abriram o zíper do seu vestido, mas sabem exatamente quem abriu a porta do carro e fez abrir um sorriso no seu rosto.
A mulher quando está com o cara não quer saber se você vai levá-la num restaurante caro na sexta à noite. Pode até ser que nessa sexta vocês saiam, mas ela quer é que as suas segundas, aquelas desmotivantes de início de semana, possam terminar nos braços dela. Ainda que para isso, você tenha que acordar mais cedo no dia seguinte para ir trabalhar. Nada pagará acordar ao seu lado.
É simples e, ao mesmo tempo, complicado agradar uma mulher. Só que, com o passar da relação, acabamos deixando de fazer as coisas que fazíamos por ela no início. Já não abrimos mais as portas do carro, da casa, do restaurante. Já não puxamos a cadeira, não compramos uma rosa, não escrevemos um cartão. Não dedicamos uma tarde para não fazer nada. A gente acha que, por já ter a conquistado, não é preciso mais agradá-la. Como se depois de plantada, uma semente não precisasse ser regada.
É até possível entender um homem que faça menos. Só que esse é o mesmo homem que irá cobrar ela arrumada e maquiada na hora de sair. E o que ela ganha de volta? É necessário um esforço. Se o cara se diz ser o mesmo do começo do relacionamento, ele precisa demonstrar em suas atitudes que aquele príncipe ainda está lá. Se ele virou sapo, bom, existem muitos outros que podem ser beijados por aí.
Faça com que os outros caras te chamem de bicha, que olhem torto e riam, mas puxe uma cadeira para a mulher e faça com que as suas namoradas encarem eles e perguntem "por que você não faz a mesma coisa?". São gestos tão pequenos que passam despercebidos. Tanto que são esquecidos. Não deixe. Nem toda mulher lembra de todos os homens que abriram o zíper do seu vestido, mas sabem exatamente quem abriu a porta do carro e fez abrir um sorriso no seu rosto.
domingo, 7 de abril de 2013
Gosto de um abraço inesperado, de um beijo na testa depois de um beijo na boca, andar de mãos dadas, mordidas na bochecha só pra irritar. Presente em dias comuns, uma simples sms de "bom dia amor, acordou bem?". Sou fã do "deixa acontecer". Gosto de ficar horas no telefone, gosto do "desliga amor, a não, desliga você primeiro". É clichê, eu sei, mas vejo como um clichê bom. Não sei se esse é o jeito certo ou errado de gostar. Sabe, vejo tantos casais por ai que moram perto um do outro, mas não convivem bem.
Não sei viver de fachada e muito menos em um relacionamento empurrado com a barriga, não, eu não quero ser mais uma babaca entre muitas !
Não sei viver de fachada e muito menos em um relacionamento empurrado com a barriga, não, eu não quero ser mais uma babaca entre muitas !
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
É preciso entender que as pessoas precisam de espaço. Não é que elas te queiram longe, muito menos que a presença incomode, mas é preciso tempo para tomar certas atitudes que alguém por perto só precipita. Muito mais importante que fazer bem a alguém, é compreender quando pode se estar fazendo mal, mesmo que s intenção. Nenhum afastamento é um atestado de que não existe mais sentimento. Apenas que existe respeito para que o outro possa seguir um pouco a vida. Com o tempo tudo se ajeita.
(G. Lacombe)
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